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Do UOL - A mulher que confessou ter matado o marido e escondido o corpo dele dentro de um freezer gravou uma confissão do crime. O vídeo, obtido com exclusividade pelo UOL Notícias, foi feito ontem (21), dentro de um carro, momentos antes de ela se apresentar à Polícia Civil de Santa Catarina.
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Nas imagens, a pedagoga Claudia Fernanda Tavares Hoeckler, 40, explica por que deu sonífero ao motorista Valdemir Hoeckler, 52, antes de matá-lo.
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"Não queria machucar ele. Não queria que ele sofresse." Em seguida, diz que cometeu o assassinato para salvar a própria vida, já que dizia ser vítima de agressões e ameaças de morte. "Era ele ou eu. Não tive opção." Após dar os remédios ao marido, ela disse ter usado uma sacola de plástico para as,fixiá-lo.
O corpo do motorista só foi encontrado no último sábado (19) em Lacerdópolis (SC), cinco dias depois do crime.
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"Me sinto livre"
Em outro trecho do vídeo obtido pela reportagem, Claudia revelou alívio, mesmo sabendo que iria para a cadeia. "Eu sei que vou ser presa, eu sei que vou cumprir a minha pena. Mas eu me sinto livre. Não estou mais sendo vigiada, oprimida."
Antes de ser presa, Claudia revelou uma vida marcada por abusos e abandonos ao canal Beto Ribeiro, no YouTube. Ela diz ser filha de uma garota de programa, ter sido criada por uma desconhecida nos primeiros anos de vida e engravidado na adolescência. Além disso, revela abusos sexuais supostamente cometidos pelo padrasto e o abandono do próprio pai.
Claudia disse ter sido ameaçada de morte pelo marido antes do crime. O último de seus agressores, segundo ela, foi o marido com quem viveu por mais de 20 anos. Na noite anterior ao assassinato, ela disse ter sido agr€dida e am,eaçada de morte pelo motorista.
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Ela relata que, um dia antes do crime, tentou convencer o marido a deixá-la viajar com as amigas. Mas, de acordo com Claudia, Valdemir disse que se acordasse e não visse a esposa, a mataria quando ela voltasse para casa.
Diante da negativa e da ameaça, Claudia disse que "teve um surto": Eu pensei: "já que alguém vai morrer, então que seja você." Após dar remédios para dormir ao marido, junto com outros medicamentos de rotina, ela esperou ele adormecer e cobriu sua boca e nariz com uma sacola de supermercado.
Enquanto o asf,ixiava, pensou em parar, relata, mas disse que desistiu. "Se eu parasse e ele acordasse, ele iria me matar."
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