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Triste Demais
Paraibana é presa suspeita de espancar e matar filho de três anos em São Paulo
Mãe teria sofrido surto e precisou de atendimento psiquiátrico antes de ser presa e indiciada pelo crime

Publicado em 14/05/2021 11:54 - Atualizado em 14/05/2021 11:54

Foto/Reprodução

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O menino Gael Freitas Nunes, de três anos, foi achado morto com sinais de espancamento, em um apartamento no bairro da Bela Vista, área nobre de São Paulo (SP), nessa segunda-feira (10). A mãe dele, de 37 anos, é paraibana e foi presa suspeita de ter matado a criança.

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Segundo apuração da Record TV, do portal R7 e da TV Correio, a mãe estava no apartamento com a criança e a irmã dele, uma jovem de 13 anos, e uma mulher que seria tia-avó dos dois.

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Ele foi achado morto com vários ferimentos pelo corpo, incluindo hematomas no rosto e na cabeça. O socorro foi acionado pela jovem de 13 anos, por volta da meia-noite. Uma perícia inicial constatou que marcas de um anel usado pela mãe do garoto teriam sido identificadas no corpo dele.

A mãe do menino foi achada na cozinha, em estado de choque, e precisou de atendimento psiquiátrico antes de ser levada para uma delegacia.

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Ela foi presa, prestou depoimento por toda a madrugada desta terça-feira (11) e foi indiciada. A mulher apresentou confusão nas declarações e silenciou sobre a morte do filho.

Detalhes do caso

Conforme o R7, o boletim de ocorrência foi fechado a partir de oito relatos de testemunhas, além do da indiciada, com acréscimo de dados dos laudos periciais.

A tia-avó do garoto Gael, de 73 anos, contou que deu mamadeira para a criança por volta das 9h e os dois ficaram na sala assistindo a televisão.

Pouco depois, Gael foi para a cozinha, onde estava a mãe. A tia-avó permaneceu na sala e a irmã do menino, de 13 anos, estava no quarto. A tia-avó contou que ouviu a criança chorar, mas pensou que ele queria o colo da mãe, como era comum. Ela chamou, então, Gael para voltar a assistir ao desenho, mas a mãe respondeu que o filho iria ficar na cozinha.

Cerca de cinco minutos depois, a idosa escutou barulhos fortes de batidas na parede, mas achou que o som era de outro apartamento. A tia-avó relatou que logo depois, o menino parou de chorar.

Ainda de acordo com a tia-avó, cerca de 10 a 15 minutos depois, ela ouviu o barulho de vidros estilhaçando, foi até a cozinha e encontrou o menino no chão, coberto com uma toalha de mesa, em meio a uma poça de vômito.

A mãe estava ao seu lado. Ela perguntou para a mãe o que tinha acontecido com Gael, mas a mulher, que parecia estar em estado de choque, não disse nada.

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A tia-avó pegou a criança no colo e a levou até o quarto do garoto. Ela trocou a roupa dele e a fralda, que estava suja de fezes, e pediu que a irmã acionasse o resgate.

Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram acionadas para uma ocorrência de parada cardíaca de criança. 

Os médicos entraram pela porta lateral do apartamento, que dá acesso à cozinha, onde encontraram a mãe. A mulher estava sentada em uma cadeira no canto do cômodo, com a cabeça baixa.

A irmã conduziu os médicos até o quarto de Gael, que estava com a tia-avó, deitado num colchão no chão.

Prisão da mãe

Ao R7, o advogado da mulher disse que ela não se lembra do momento da morte da criança. De acordo com a defesa, ela teria relatado um lapso de memória entre a noite de domingo (9) e a tarde da segunda-feira (10).

A mulher disse que se lembra de estar deitada com Gael e a filha mais velha quando sentiu o corpo quente. Ela teria ido tomar banho, dormido e acordado apenas no momento em que várias pessoas a tiravam do chuveiro.

O advogado afirmou ainda que a mãe de Gael tem traumas por conta de uma relação abusiva que teve com o pai da sua filha mais velha. Esses problemas afetaram tanto sua vida pessoal, quanto a profissional, já que ela não trabalha há muito tempo.

A mulher não soube dizer qual foi seu último emprego e, segundo o advogado, a mulher tem dificuldade na escrita. A mulher, de 37 anos, passará por audiência de custódia no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). A defesa afirmou que pedirá o relaxamento da prisão da suspeita.

A 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) registrou o caso como homicídio qualificado consumado com emprego de meio insidioso ou cruel, ou que resulte em perigo comum, e indiciou a mãe de Gael.

Segundo a Record TV, o pai de Gael disse que ele não tinha queixas nem problemas da saúde na última vez que o viu e que devolveu a criança bem no fim de semana do Dia das Mães. Ele é separado da mãe do garoto, mas relatou que não havia problemas nas relações.

Sepultamento

A família do menino é da cidade de Prata, no Cariri da Paraíba. O corpo deverá chegar ao estado no fim da tarde desta quarta-feira (12) e o sepultamento está previsto para ocorrer na manhã seguinte, em Prata.


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