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A Rússia deve ter uma vacina aprovada contra Covid-19 até 10 de agosto, afirmaram fontes em Moscou ao correspondente da CNN Internacional Matthew Chance.
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Os próprios cientistas estariam se voluntariando para testar a imunização. Alexander Ginsburg, diretor do projeto, confirmou ter injetado a vacina em si mesmo.
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A vacina foi criada pelo Instituto Gameleya, baseado em Moscou. De acordo com as autoridades, o país espera produzir até 200 milhões de doses até o fim do ano —dessas, 30 milhões seriam exclusivas para a Rússia.
Ainda não foram divulgados dados de segurança ou eficácia.
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“Esse é um momento Sputnik”, disse Kirill Dmitriev, diretor de um fundo soberano russo que está financiando a pesquisa da vacina, fazendo referência ao lançamento bem-sucedido do primeiro satélite do mundo pela União Soviética, em 1957.
“Os americanos ficaram surpresos quando ouviram os sons do Sputnik. É o mesmo com a vacina, a Rússia vai ter chegado lá primeiro”, acrescentou.
Essa vacina estaria na segunda das três fases de testes clínicos. Os pesquisadores almejam concluir essa etapa em 3 de agosto e conduzir a terceira fase em conjunto com a vacinação de profissionais da saúde.
As autoridades russas disseram que o desenvolvimento está acelerado por conta da severidade da transmissão local, uma vez que o país ultrapassou 800 mil casos confirmados.
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“Nossos cientistas estão focados não em serem os primeiros, mas em protegerem a nossa população”, disse Dmitriev.
Ainda segundo as fontes ouvidas pela reportagem, os dados de pesquisa estão sendo compilados agora e estarão disponíveis ao público para revisão por pares e publicação no começo de agosto.
Há várias vacinas em teste em todo o mundo, com poucas já na fase de testes clínicos amplos. A maior parte dos desenvolvedores alertaram que ainda há muito a ser feito até que se tenha uma vacina comprovadamente segura e eficaz.
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Ainda neste mês, um relatório feito em conjunto pelo Reino Unido, Estados Unidos e Canadá acusavam o país de usar hackers para invadirem centros de pesquisa da vacina.
Em abril, os EUA já haviam acusado a China de ataques cibernéticos com esse mesmo objetivo.