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Foto/Reprodução
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Do G1 - A jovem de 23 anos encontrada morta com o filho de 3 meses em um apartamento de Blumenau, no Vale do Itajaí, sonhava em ser mãe. Segundo a amiga da vítima, que prefere não ser identificada, Jéssica Mayara Ballock também era "uma menina de luz" e "uma mulher de ótimo coração".
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"Era uma ótima amiga, muito dedicada, uma excelente mãe. Era o sonho dela ser mãe", comentou.
A amiga acompanhou de perto a gestação do filho mais velho da vítima, de 1 ano e 10 meses, que está desaparecido desde o crime.
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Moradora de Blumenau, no entanto, ela diz que teve menos contato com o segundo bebê da amiga. "O marido dela tentava afastar a gente a todo custo", comenta. Ela conta que eram comuns episódios em que o suspeito, de 28 anos, "prometia melhorar e mudar".
"Tentamos de tudo para afastá-lo, mas ela amava ele e escolheu, por diversas vezes, dar outra chance. Ao que dizia para a gente, ele não era agressivo com eles", informou.
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A Polícia Civil aguarda laudo do Instituto Médico Legal (IML) sobre os corpos. O delegado informou que as duas vítimas tinham ferimentos na garganta. Uma faca com sangue foi encontrada no apartamento e foi apreendida. Ela passará por perícia.
O delegado responsável pelo caso, Ronnie Esteves, afirmou que o companheiro dela é o principal suspeito. "A Polícia Civil não descarta nenhuma linha de investigação, mas essa é a mais forte. A família estava reunida na casa do pai da Jessica no sábado. Ficaram lá o dia inteiro, foram embora à noite", relatou o delegado.
Repercussão
Amigos, conhecidos e familiares repercutiram nas redes sociais a morte da mãe e do bebê.
"Sempre nos doem as notícias de feminicídio, mas ver uma ex-aluna, tão jovem, aqui perto de casa, perder a vida junto com o seu bebê, de uma forma cruel, me dói demais, me revolta", comentou uma mulher, que foi professora de Jéssica.
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"Fiz catequese com ela, estudei com ela, era uma menina tão linda e muito educada sempre!", escreveu uma conhecida. "Sábado estávamos juntas, rindo com as crianças", lembrou outra mulher.
Investigação
O marido tem passagens pela polícia, mas os crimes não foram detalhados. Conforme o delegado, ninguém havia se prontificado a ir à delegacia para prestar depoimento até a tarde desta segunda.
Até a noite de segunda, o marido e o filho de 2 anos não haviam sido encontrados. O casal estava junto há cerca de quatro anos.
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"A gente está coletando algumas outras informações. Os familiares também serão ouvidos. É um momento difícil, então a gente espera, nos próximos dias, começar a ouvir testemunhas para que a gente possa entender a motivação e definir a autoria", afirmou o delegado.
Ele explicou que o prédio onde a mãe e o bebê foram encontrados mortos não tem câmeras de segurança. O prazo para a conclusão do inquérito policial é de 30 dias, que podem ser prorrogados.
"A gente precisa agora documentar essa prova testemunhal, ouvir familiares para entender se foi uma situação ali, um episódio aleatório, uma discussão de momento ou se não, se o casal já tinha brigas passadas. Mas isso tudo a gente vai apurar no bojo desse inquérito policial é chegar o quanto antes na autoria desse crime", disse o delegado.
