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A líder técnica da Organização Mundial de Saúde (OMS) Maria van Kerkhove afirmou, nesta segunda-feira (8), que a transmissão da Covid-19 por pacientes sem sintomas da doença parece ser “rara”.
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“Temos alguns relatos de países que estão fazendo rastreios de contatos muito detalhados, estão seguindo casos assintomáticos, seguindo contatos e não estão encontrando transmissões secundárias. É muito raro”, disse van Kerkhove.
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Ela explicou que os casos assintomáticos (de pacientes que não têm sintomas) de Covid-19 têm sido identificados ao se fazer o rastreio de contatos de pacientes que apresentam os sinais da doença.
Mas, em alguns casos, pontuou van Kerkhove, quando uma segunda análise desses casos é feita, descobre-se que os pacientes tiveram, na verdade, leves sintomas da infecção.
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“Dito isso, nós sabemos que pode haver pessoas que são verdadeiramente assintomáticas e testam positivo no PCR”, declarou a líder técnica.
O teste PCR, que detecta o material do vírus em uma amostra, é considerado o “padrão ouro” para diagnóstico da doença.
“Estamos constantemente olhando para esses dados e tentando obter mais informações para de fato responder a essa pergunta, [mas] ainda parece ser raro que um indivíduo assintomático transmita a doença”, completou van Kerkhove.
A especialista pediu que os países se concentrassem naqueles que têm os sinais da infecção para tentar fazer o controle do vírus.
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“Se de fato acompanhássemos todos os casos sintomáticos, isolássemos esses casos, rastreássemos os contatos e colocássemos esses contatos em quarentena, haveria uma drástica redução na transmissão. Se pudéssemos nos focar nisso, iríamos nos sair muito bem em termos de suprimir a transmissão”, afirmou.
Controvérsia
Há, entretanto, controvérsia em torno das afirmações da OMS. O diretor do Instituto de Saúde Global da Universidade de Harvard, Ashish K. Jha, argumentou no Twitter que muitos pacientes disseminam o vírus (fazem o chamado “derramamento viral”) antes de aparecerem os sintomas.
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G1