- Rio Grande do Norte: Recuperação de estradas do RN deve começar em junho, afirma Secretaria de Infraestrutura
- Incidente: VÍDEO: Ônibus de passageiros com destino a Caicó pega fogo após pane elétrica no interior do RN
- Triste : Menino de 6 anos morre após se engasgar com pedaço de carne no interior do RN
- Aconteceu: [Vídeo] Carro pega fogo em garagem de casa no RN; família se abrigou no quintal
- Rio Grande do Norte: Maior reservatório do RN, barragem Armando Ribeiro chega a 74% da capacidade total
- Grande Natal: Prefeitura de São José do Mipibu quer autorização para contratar 574 pessoas de forma temporária
- Greve: IFRN suspende calendário de aulas após técnicos e professores entrarem em greve
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
1. Distimia
Com seus muitos sintomas, a depressão pode ser devastadora e provocar uma grande transformação no comportamento de uma pessoa - mas ela nem sempre é algo que espanta o paciente. É o caso dos quadros de distimia que, conforme explica Louzã, consiste em um quadro crônico com o qual a pessoa portadora “aprende a conviver”.
- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -
Segundo ele, em geral este quadro surge precocemente, em torno do final da adolescência, e é contínuo - mas, ainda que a pessoa se acostume com aquilo, isso não quer dizer que ela não demonstre sintomas. “Você percebe que ela está o tempo todo assim, um pouquinho abaixo da alegria normal, tem uma alegria ou outra, mas nunca é muito vibrante. A vida é meio cinza o tempo todo”, diz.
- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -
O quadro, no entanto, é tratável como qualquer outro a partir das mesmas estratégias possíveis para tratar outros tipos de depressão, e a conduta escolhida dependerá de uma avaliação médica.
2. Depressão recorrente
Segundo Louzã, muitas das pessoas com depressão têm entre dois e quatro episódios da doença - e isso caracteriza uma depressão recorrente. Enquanto algumas vezes o paciente busca ajuda e, na consulta, descobre que um episódio anterior da doença passou despercebido, alguns casos de depressão recorrente ocorrem mesmo após um tratamento, sem necessariamente haver uma causa.
- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -
“Às vezes o paciente tratou, melhorou 100%, usou a medicação por mais um tempo, achou que estava estável, o médico concordou, suspendeu o tratamento, passaram-se alguns anos sem ter nada e aí depois de um tempo ele volta a ter um novo episódio. É bastante comum que ela tenha essa característica recorrente”, afirma o psiquiatra.
O tratamento deste tipo de quadro, por sua vez, segue os mesmos princípios utilizados no tratamento da depressão maior, visando, nestes casos, impedir mais uma reincidência do problema. “Se uma pessoa já teve três episódios depressivos, a chance de ela ter um quarto episódio é praticamente 100%”, diz ele, afirmando que uma estratégia é prolongar o uso o remédio.
“Em alguns casos, a gente considera que vale a pena a pessoa se manter tomando antidepressivo continuamente em uma dose intermediária. Não precisa ser a dose que foi usada para tratar o quadro agudo, mas o uso do antidepressivo, de certa forma, protege, ou pelo menos diminui a chance de que ela tenha uma nova depressão”, afirma ele.
3. Depressão resistente a tratamento
A depressão resistente a tratamento não é necessariamente uma doença específica, e sim um quadro depressivo que se tornou persistente por determinados fatores. De acordo com o psiquiatra, isso acontece com boa parte dos casos, e normalmente a causa está em um diagnóstico equivocado ou uma má administração do tratamento por parte do próprio paciente.
- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -
Leia também
“Uma boa parte dos pacientes tem depressão recorrente, então a gente sabe que, se mantivermos a medicação pelo menos por um tempo, estamos protegendo a pessoa de ter uma nova recaída. A cada recaída, você tem um aumento da chance de a pessoa desenvolver resistência aos tratamentos”, afirma Louzã, explicando que é neste momento que muitos erram.
4. Transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM)
Antes da chegada da menstruação, é normal que a mulher tenha desconfortos característicos - mas, para algumas, estes sintomas são mais intensos e caracterizam um transtorno. “É uma TPM mais intensa, muitas vezes acompanhada de oscilações de humor, irritabilidade, agitação, ou de um quadro depressivo intenso o suficiente para atrapalhar a vida da mulher”, diz.
De acordo com o psiquiatra, mulheres que têm esse tipo de transtorno costumam sofrer em todo ciclo menstrual durante ao menos uma semana em que elas podem ficar agressivas e desenvolver os sintomas de qualquer outro quadro depressivo - ou seja, angústia constante e indefinida, alterações de apetite, queda na libido, etc.
- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -
As causas, segundo Louzã, têm base em fatores hormonais combinados à genética. “O fator hormonal por si só não é suficiente para explicar esse tipo de quadro, tanto que às vezes a gente percebe que tem ciclos em que a mulher tem o transtorno e tem ciclos em que ela não tem. Ele provavelmente favorece esse tipo de depressão em quem já tem algum tipo de predisposição”, afirma ele.
5. Transtorno bipolar
O transtorno bipolar também consiste em quadros depressivos que trazem as características descritas por Louzã - a angústia sem necessariamente uma causa definida, apatia, etc. -, mas, neste caso, eles ocorrem de forma intercalada a episódios de mania e de hipomania, estados em que a pessoa apresenta características diferentes.
“Um paciente com um quadro maníaco tem manifestações que são de euforia, agitação, irritabilidade. O pensamento fica acelerado, ele quer fazer um monte de coisas ao mesmo tempo, muitos deles ficam com uma exacerbação da sexualidade, podem ter pensamento de grandeza, achar que são capazes de muitas coisas e perder a noção da realidade”, explica o psiquiatra.