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Após críticas por ter votado contra decreto das armas, Styvenson reclama de “intolerância” na web: “Não sei mais quem usa drogas”
A anulação definitiva do decreto depende agora da confirmação do Plenário da Câmara dos Deputados

Publicado em 25/06/2019 20:37

Foto/Reprodução

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Do Agora RN - Criticado nas redes sociais por ter votado a favor da derrubada do decreto presidencial que facilitou o acesso a armas de fogo no País, o senador Styvenson Valentim (Podemos) reclamou do tom das mensagens que têm recebido na internet. Segundo o parlamentar, por causa da “intolerância”, “ninguém quer mais ouvir, nem ler ou entender” sobre determinados assuntos.

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“Não sei mais quem usa drogas neste país. Parece que todo mundo está sob efeito de algo. Ninguém quer mais ouvir, nem ler ou entender. A intolerância neste país é muito grande. Usam redes sociais para agredir, denigrir e chacotear. Respeito a opinião pública, respeito que o cargo do senador é da população do Rio Grande do Norte. Mas existe um limite na sua opinião. O limite é a ofensa e a ameaça”, afirmou, em entrevista na última sexta-feira, 21, ao programa Manhã Agora, da rádio Agora FM (97,9).

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Styvenson explicou que não é contra a flexibilização das regras para posse e porte de armas, mas defendeu que qualquer revisão no Estatuto do Desarmamento seja feita por meio de projeto de lei, e não por decreto. “Minhas críticas são à forma como foi colocado, não ao conteúdo. Com relação ao conteúdo, todo o decreto poderia ser transformado em projeto de lei”, frisou.

“Estamos falando de uma formalidade legal constitucional. Decretos (apenas) regulamentam. O parlamento não pode exorbitar o poder do presidente ou de Justiça. São três poderes independentes. A discussão naquele momento (votação no Senado) era sobre a forma”, argumentou o senador, acrescentando que regimentalmente ele não poderia apresentar sugestões de emendas modificativas no texto dos decretos.

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O primeiro decreto que facilitou o acesso a armas no País foi assinado no dia 7 de maio pelo presidente Jair Bolsonaro. Após críticas no Congresso e de especialistas em segurança pública, um novo texto foi editado no dia 21 de maio. Na semana passada, por 47 votos a 28, o Senado aprovou um projeto de decreto legislativo, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) que susta os textos do presidente.

A anulação definitiva do decreto depende agora da confirmação do Plenário da Câmara dos Deputados, o que pode ocorrer ainda neste mês de junho. Por enquanto, o texto do presidente Jair Bolsonaro continua em vigor.

Entre outras normas, o decreto de Bolsonaro autoriza a concessão de porte a 20 categorias profissionais e aumenta de 50 para 5 mil o número de munições disponíveis anualmente a cada proprietário de arma de fogo. Inicialmente, o decreto também permitia a cidadãos comuns o porte de fuzis, mas, com o decreto modificativo, essa proposta foi retirada.

Segundo o senador Styvenson Valentim, o decreto de Bolsonaro foi uma forma de apressar a facilitação do acesso a armas que esbarrou na Constituição. “Não sou contra (a flexibilização), desde que siga os critérios que sempre defendi, como exames periódicos”, encerrou.


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