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Da Veja - A Justiça decretou a prisão temporária do suspeito de ter matado a pauladas a transexual Larissa Rodrigues da Silva, de 21 anos. O crime ocorreu na noite do último sábado, 4, na Zona Sul de São Paulo. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública, o caso está sendo investigado por meio de inquérito policial pelo 27º DP, do Campo Belo.
O suspeito, Jonatas Araujo dos Santos, apresentou-se à delegacia na tarde desta segunda-feira, 6. De acordo com a SSP, a vítima estava acompanhada de outra pessoa e, por volta das 22h10 de sábado, um homem tentou atropelar as duas. O suspeito retornou depois, desembarcou do veículo e usou um pedaço de madeira para golpear Larissa na cabeça.
A Polícia Militar foi chamada para atender à ocorrência e, no local, Larissa estava caída e com ferimentos na cabeça. Ela foi levada ao Hospital Municipal Doutor Arthur Ribeiro Saboya, mas não resistiu às lesões e morreu.
Nas redes sociais, amigos e familiares lamentaram a morte da jovem e pediram justiça. Larissa é de Fortaleza (CE) e seu corpo está a caminho da cidade para uma cerimônia com a família. “O triste é saber que você não foi a primeira e nem será a última. Hoje foi você, amanhã pode ser eu. Queremos justiça. Isso não pode ficar assim”, escreveu a transexual Aryane Oliver em seu perfil no Instagram.
A deputada estadual pelo Rio de Janeiro Mônica Francisco (PSOL) também se manifestou sobre a morte de Larissa. “A transfobia fez mais uma vítima fatal! Larissa Rodrigues foi brutalmente assassinada ontem. Um homem saiu do carro e agrediu, a pauladas, Larissa e sua amiga, também travesti, na Zona Sul de São Paulo. Larissa morreu, sua amiga sofreu ferimentos e foi atendida no hospital e na delegacia”.
“[As mulheres trans] são vítimas de agressões verbais e físicas que, muitas vezes, terminam em morte. As pessoas trans ainda estão totalmente na margem da sociedade, fora das escolas, universidades e do mercado formal de trabalho. É uma luta constante de travestis, mulheres trans e homens trans para serem vistas e vistos como seres humanos, como cidadãos dignos de direitos básicos”, escreveu Mônica no Facebook.