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Os Correios fizeram 12 greves nacionais nos últimos 10 anos. A soma de dias paralisados supera os 7 meses (211). Os dados foram compilados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) a pedido do Poder360.
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Em 2014, os funcionários cruzaram os braços por 45 dias –maior quantitativo de tempo no período analisado. Em 2016, fizeram uma paralisação por 24 horas. Em 2020, foram 35 dias em que os serviços ficaram desfalcados.
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Só em 2010 os trabalhadores da estatal não cruzaram os braços em nível nacional. Em todos os outros anos houve uma –ou mais– paralisações que afetaram todo o Brasil. Além disso, pelo menos 150 movimentos grevistas foram deflagrados em Estados e municípios.
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Os principais temas abordados no período foram: melhores condições de trabalho (84); contratação de pessoal (74) e melhores condições de segurança (55). A pauta reajuste salarial foi abordada por 14 vezes no período.
Segundo a assessoria dos Correios, o cargo mais comum na estatal (carteiro) teve aumento de 117% nos últimos 10 anos. Indo de R$ 807,29 em 2011 para os atuais R$ 1.757,48. O salário mínimo no período passou de R$ 510 para 1.045 –aumento de 104,9%
Privatização
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, entregou em 14 de outubro ao Palácio do Planalto o projeto de lei de privatização dos Correios. O objetivo é vender a empresa até o fim de 2021. Ele não apresentou à imprensa detalhes da proposta. O texto permanece reservado, sem acesso liberado.
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Faria afirmou que a proposta trata “mais sobre princípios do que regras”. Informou que a empresa de consultoria contratada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a Accenture, entregará em até 120 dias 1 parecer sobre o tema.
O ministro Fábio Faria disse que a empresa brasileira Magalu e a americana Amazon estão interessadas. Um dos grandes problemas da privatização é este: os interessados em comprar os Correios dizem ser possível prestar o mesmo serviço com cerca de 30.000 funcionários. A dúvida é o que o comprador deveria fazer com os outros 60.000 que teriam de ser demitidos.
Os Correios devem dar 2 anos de estabilidade para os seus funcionários após a privatização. A ideia tem sido mencionada em reuniões internas na estatal e tem como inspiração o que ocorreu com a telefonia, ainda nos anos 90.
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Em 2019, a empresa distribuiu 4,96 bilhões de objetos. Teve receita bruta de R$ 19,1 bilhões. O lucro foi de R$ 102 milhões para o período. Em 2018, o ganho foi de R$ 161 milhões.
Poder 360