Horrível
Parentes de suspeito de degolar sobrinha no Nordeste dizem que ele teve surto
Erick Ramon Matias, de 25 anos, tomava remédios controlados

Publicado em 27/09/2019 07:37 - Atualizado em 27/09/2019 07:37

Foto/Reprodução

Do OP9 - A madrinha da bebê de nove meses que foi degolada com um pedaço de cerâmica pelo próprio tio em Altinho, no Agreste pernambucano, afirmou que o suspeito de cometer o crime teve um surto após ficar quatro dias sem tomar um remédio de uso controlado. Testemunha da agonia da família da vítima, ela disse que Erick Ramon Matias Ferreira, de 25 anos, sofre de depressão crônica e ficou descontrolado quando ficou sem dinheiro para comprar a medicação.

Em entrevista ao portal Caruaru no Face, a madrinha da criança, que se identificou apenas como Wedja, disse que Erick estava “perturbado” com a suposta falta do remédio obrigatório. “Ele toma remédio controlado e tem problema na cabeça. Sofre de depressão. Aí faltou um medicamento dele. Quando falta, ele surta. Só que ele tenta se matar. Aí esse remédio faltou quatro dias porque a gente estava sem condições de comprar”, lamentou ela, sem citar o nome da medicação.

De acordo com policias militares que participaram da ocorrência, Ágatha Lorena Marques de Jesus foi mantida refém de Erick durante mais de 12 horas desde a madrugada desta quinta-feira (26) em uma casa no distrito de Taquara, na zona rural de Altinho. Apesar dos apelos da família, ele trancou-se no banheiro com a garota e, durante uma negociação, a PM conseguiu entrar no cômodo, mas a criança já estava morta com cortes profundos no corpo.

Mauricéia Matias Ferreira, avó de Ágatha, confirmou que Erick sofria de transtornos mentais e tomava remédios, mas disse desconhecer a versão  apresentada pela madrinha da vítima sobre a medicação que estaria em falta há quatro dias. “Há um ano, ele já vivia foragido e não tomava mais medicamento.  A gente não tinha mais contato com ele. Quando ele apareceu, que o encontrei (trancado) no banheiro, ele disse que não ia abrir a porta porque tinha uma missão”, contou, transtornada, a avó da menina.

O delegado responsável pelo caso, Eduardo Sunaga, informou que ainda não há elementos para concluir que ele tenha problemas mentais. “No depoimento, ele diz que não lembra o que aconteceu. Provavelmente, estava sob efeito de drogas, mas nada explica essa monstruosidade”.

Levado até Caruaru por motivos de segurança, Erick foi autuado em flagrante por homicídio qualificado e será encaminhado nesta sexta-feira (26) a uma audiência de custódia no fórum da cidade.


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