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Na Paraíba
Briga por extração de areia motivou morte de integrantes do MST-PB, diz delegada
Assassinato foi motivado por questões pessoais e econômicas, cuja extração acontecia de forma irregular por parte dos suspeitos, sem relação com o movimento social.

Publicado em 17/05/2019 20:19

Assentamento Dom José Maria Pires fica localizado em fazenda na cidade de Alhandra — Foto: Lídia Veloso/Arquivo Pessoal

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Do G1 Paraíba - Os dois homens assassinados em dezembro de 2018, no acampamento Dom José Maria Pires, em Alhandra, Região Metropolitana de João Pessoa, teriam sido mortos porque proibiram que pelo menos um dos suspeitos do crime fizessem a extração de areia no local usado para exploração do produto. Conforme a delegada Flávia Assad, o acampamento é uma área de extração, com permissão do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra na Paraíba (MST-PB).

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De acordo com a delegada, o MST permite que areeiros façam a exploração da areia, mediante o pagamento de R$ 2 mil por mês, sendo R$ 1 mil para o movimento e R$ 1 mil para os assentados. No entanto, um dos suspeitos do crime estava fazendo a extração sem realizar o repasse do dinheiro. Além disso, a extração feita por ele era clandestina, porque acontecia durante a madrugada.

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Após descobrir a irregularidade, José Bernardo da Silva, conhecido como Orlando, e Rodrigo Celestino, assassinados em dezembro de 2018, proibiram a extração. Motivado por isso, o suspeito identificado como Rawlinson Bezerra de Lima, conhecido como Ralph, começou a articular a morte dos dois integrantes do MST.

A delegado Roberta Neiva esclareceu que o duplo assassinato não tem nenhuma ligação com o MST. "Não há nenhum tipo de criminalização do Movimento Sem Terra, o crime não tem nenhuma relação com a atividade social do movimento. É um crime motivado por questões pessoais, econômicas, de pessoas que se relacionavam com membros, integrantes do movimento", explicou.

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Ralph foi preso na Avenida Cabo Branco, em João Pessoa. O outro suspeito, Leandro Soares da Silva, foi preso no próprio acampamento. A outra pessoa, presa no bairro do José Américo, na capital, não foi identificada porque a investigação ainda está em andamento.

José Bernardo da Silva, conhecido como Orlando, e Rodrigo Celestino, foram mortos por homens encapuzados e armados, de acordo com informações do MST, no acampamento Dom José Maria Pires, em Alhandra, na Região Metropolitana de João Pessoa. O duplo homicídio foi confirmado pela Polícia Militar. O crime aconteceu no dia 8 de dezembro de 2018.

As prisões desta sexta-feira (17) ocorreram por força de mandados de prisão. A operação da Polícia Civil de Alhandra contou com o apoio do Grupo de Operações Especiais (GOE).


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